Confira os Quadros de Elson Júnior

terça-feira, 25 de novembro de 2008

OXALÀ - ÓRIXA DA PAZ


Oxalufan, Oxalufã ou Oxalufon, Orixá africano cultuado em todo o Brasil por todas as religiões afro-brasileiras, é considerado um Oxalá muito velho, curvado pelos anos, que anda com dificuldade e hesitação. Ele apoia seus passos cambaleantes sobre um paxorô (ou opaxorô), grande bastão de metal branco, encimado pela imagem de um pássaro e ornado por discos de metal e pequenos sinos. Considerado como o Orixá da Paz, da paciência, tudo que se refere à Oxalá é ligado a calma e a tranquilidade. Sua cor é o branco e seus filhos não podem usar roupa preta, vermelha e tons escuros. Seu dia da semana é a sexta-feira, e por respeito ao pai mais velho, todo povo-de-santo usa branco nesse dia. Sua dança é lenta como o passo do Igbin.

O Igbin que é chamado o boi de Oxalá é sua oferenda favorita juntamente com o Ebô. E Igbin também é o nome do toque dedicado à Oxalá. E As Águas de Oxalá é a sua principal festa realizada sempre no mês de janeiro nas principais casas tradicionais da Bahia.
A cerimônia de saudações ao rei de dezesseis em dezesseis dias pelos Ìwèfà e pelos Olóyè chama a atenção pela calma, simplicidade e dignidade. O rei Olúfón espera sentado à porta do palácio reservada só para ele e que dá para o pátio. Ele está vestido com um pano e gorro brancos. Os Olóyè avançam, vestidos de tecido branco amarrado no ombro esquerdo, e seguram um grande cajado. Aproximam-se do rei, param diante dele, colocam o cajado no chão, tiram o gorro, ficam descalços, desatam o tecido amarram-no à cintura. Com o torso nu em sinal de respeito, ajoelham-se e prostram-se várias vezes, ritmando, com uma voz respeitosa, um pouco grave e abafada, uma série de votos de longa vida, de calma, felicidade, fecundidade para suas mulheres, de prosperidade e proteção contra os elementos adversos e contra as pessoas ruins. Tudo isso é expresso em uma linguagem enfeitada de provérbios e de fórmulas tradicionais. Em seguida os Olóyè e os Ìwèfà vão sentar-se de cada lado do rei, trocando saudações, cumprimentos e comentários sobre acontecimentos recentes que interessam à comunidade. A seguir, o rei manda servir-lhes alimentos, dos quais uma parte foi colocada diante do altar de Òsàlúfón, para uma refeição comunitária com o deus.
EPÁ BABÁ

OXAGUIAN - O JOVEM GUERREIRO DA PAZ


Oxaguian na mitologia yorubá é um jovem guerreiro, um Oxalá jovem, seria filho de Oxalufon. Seu templo principal é em Ejigbo, estado de Ọsun, onde ostenta o título de Eléèjìgbó, ou Rei de Ejigbo.

Oxaguian é um Oxalá jovem. Sempre de branco. Usa espada, escudo, polvarim e mão de pilão. Guerreiro, seu dia da semana é sexta-feira. Come cabra, e é o dono do inhame.
Em Lendas Africanas dos Orixás, Pierre Fatumbi Verger conta uma das lendas que Oxaguian teria nascido em Ifé, bem antes de seu pai tornar-se o rei de Ifan. Oxaguian, valente guerreiro, desejou, por sua vez, conquistar um reino. Partiu, acompanhado de seu amigo Awoledjê. Oxaguiã não tinha ainda este nome. Chegou num lugar chamado Ejigbô e aí tornou-se Elejigbô (Rei de Ejigbô). Oxaguiã tinha uma grande paixão por inhame pilado, comida que os iorubás chamam iyan. Elejigbô comia deste iyan a todo momento; comia de manhã, ao meio-dia e depois da sesta; comia no jantar e até mesmo durante a noite, se sentisse fazio seu estômago! Ele recusava qualquer outra comida, era sempre iyan que devia ser-lhe servido.

Chegou ao ponto de inventar o pilão para que fosse preparado seu prato predileto! Impressionados pela sua mania, os outros orixás deram-lhe um cognome: Oxaguiã, que significa "Orixá-comedor-de-inhame-pilado", e assim passou a ser chamado.
EPÁ BABÁ

OYÁ - SENHORA DOS VENTOS


Na Mitologia Yoruba, o nome Oyá provém do rio de mesmo nome na Nigéria, atualmente chamado de rio Níger. No entanto, não se trata de uma divindade das águas, mas da Senhora dos ventos, raios e tempestades, elemento fogo, seu metal é o cobre. Também chamada de Oya-Yánsàn.
Oyá é um Orixá feminino africano, cultuado no candomblé e nas religiões afro-brasileiras, sua saudação é Iyá Mesan Òrun mãe dos nove oruns (espaços do céu) e Èpa heyi!.
Os devotos costumam lhe oferecer sua comida favorita, o àkàrà (acarajé), ekuru e abará solicitando auxílio nas mais diversas questões, principalmente as ligadas à justiça, por sua proximidade com Xangô e proteção, em especial contra os eguns.

No candomblé sua cor é o vermelho, leva chifres de búfalo ou boi na cintura e utiliza o irukerê (é um símbolo de nobreza, muito usado na África para espantar moscas), instrumento ritual feito de rabo de boi ou cavalo com o qual direciona os eguns, os espíritos dos mortos. Por sua atuação junto aos eguns está intimamente ligada aos mistérios da morte (Iku) e aos orixás nanã, Omolu e Obaluayê. Inhansã ou Oiá, como é também chamada no Brasil, é uma divindade da Mitologia Yoruba associada aos ventos e tempestades, fazendo parceria com Xangô, o senhor dos trovões.
Segundo a mitologia, os filhos de Iansã são pessoas agitadas. Diretos no que querem, não escondem sentimentos de ninguém. Uma grande ofensa a Oiá é a agressão, de qualquer espécie, aos seus filhos. O agressor terá um adversário até à morte.

Os filhos de Iansã são pessoas propensas a dar grandes guinadas em suas próprias vidas, a qualquer momento, sem se importarem com ninguém. Não gostam de se prender a ninguém pois são livres como o vento.
EPARÊ OYÁ

OXUM - SENHORA DA RIQUEZA


Osun, Oshun ou Oschun, na Mitologia Yoruba é um orixá feminino. O seu nome deriva do rio Osun, na região nigeriana de Ijexá e Ijebu.

É tida como um único Orixá que tomaria o nome de acordo com a cidade por onde corre o rio, ou que seriam dezesseis e o nome se relacionaria a uma profundidade desse rio. As mais velhas ou mais antigas são encontradas nos locais mais profundos (Ibu), enquanto as mais jovens e guerreiras respondem pelos locais mais rasos. Ex. Osun Osogbo, Osun Opara ou Apara, Yeye Iponda, Yeye Kare, Yeye Ipetu.

Oxum é um Orixá feminino da nação Ijexá adotada e cultuada em todas as religiões afro-brasileiras. É o Orixá das águas doces dos rios e cachoeiras, da riqueza, do amor, da prosperidade e da beleza, em Oxum, os fiéis também buscam auxílio para a solução de problemas no amor, uma vez que ela é a responsável pelas uniões e na vida financeira, tanto que muitas vezes é chamada de Senhora do Ouro que outrora era do Cobre por ser o metal mais valioso da época.
Na natureza, o culto à Oxum costuma ser realizado nos rios e nas cachoeiras e, mais raramente, próximo às fontes de águas minerais. Oxum é símbolo da sensibilidade e muitas vezes derrama lágrimas ao incorporar, característica que se transfere a seus filhos identificados por chorões.
ORÁ YEYÊ

XANGÔ - REI DE OYÓ


Xangô é Orixá, de origem Yorubá. Seu mito conta que foi Rei da cidade de Oyo.
Xangô foi o quarto rei lendário de Oyo (Nigéria, África), tornado Orixá de caráter violento e vingativo, cuja manifestação são os raios e os trovões. Filho de Oranian, teve várias esposas sendo as mais conhecidas: Oyá, Oxum e Obá. Xangô é viril e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Sua ferramenta é o Oxê: machado de dois gumes.
Enquanto Oxossi é considerado o Rei da nação de ketu, Xangô é considerado o rei de todo o povo yorubá. Orixá do raio e do trovão, dono do fogo, foi um grande rei que unificou todo um povo. Foi ele quem criou o culto de Egungun, sendo ele um dos Orixás que exerce poder sobre os mortos. Xangô é a roupa da morte, por este motivo não deve faltar nos Egbòs de Iku e Egun, o vermelho que lhe pertence.[carece de fontes?]Ao se manifestar nos Candomblés, não deve faltar em sua vestimenta uma espécie de saieta, com cores variadas e fortes, que representam as vestes dos Eguns.
Xangô era forte, valente, destemido e justo. Era temido, e ao mesmo tempo adorado. Comportou-se em algumas vezes como tirano, devido a sua ânsia de poder, chegando até mesmo a destronar seu próprio irmão, para satisfazer seu desejo. Filho de Yamasse (Torosi) e de Oraniã, foi o regente mais poderoso do povo yorubá. Ele também tem uma ligação muito forte com as árvores e a natureza, vindo daí os objetos que ele mais aprecia, o pilão e a gamela, sendo que o pilão de Xangô deve ter duas bocas, que representa a livre passagem entre os mundos, sendo Xangô um ancestral (Egungun). Da natureza, ele conseguiu profundos conhecimentos e poderes de feitiçaria, que somente eram usados quando necessários. Tem também uma forte ligação com Oxumaré, considerando ele como seu fiel escudeiro.
Reza a lenda que Ayra era muito proximo de Xango, e quando Oxalufã, em visita ao reino de Xango foi erroneamente confundido com um ladrão e teve suas pernar quebradas e preso, uma vez Xango percebendo o engano, mandou que o tirassem da prisão e limpassem Oxalufã, e dessem vestimentas condizentes a grandiosidade de Oxalufã, porém Oxalufã estava viajando e teria ainda outros lugares para ir, porem por ser muito velho e agora com as pernas tendo sido quebradas, a locomoção havia sido afetada, fazendo que Oxalufã andasse curvado e muito vagarosamente. Xango então mandou que Ayrá levasse Oxalufã nas costas até a proxima cidade. Ayrá percebendo ali a sua grande chance, durante o caminho se voltou contra Xango, falando a Oxalufã que Xango sabia que ele estava preso e acabou por ganhar a confiança de Oxalufã, que o tomou para si, razão pela qual Ayrá usa branco, mas nao é um fum-fum. Xango que nao suporta traições se irritou com a atitude de Ayrá cortando relações e por essa razão eles não são cultuados da mesma forma, apesar de no Brasil Ayrá ser feito junto com Xango, porque realmente nao há problemas desde que suas coisas estejam certas, porem na africa Ayrá é feito separadamente como um Orixá, com suas qualidades e pompas
KAO KABIECILÉ

OBALUAIÊ - O SENHOR DA TERRA



Obaluaye em iorubá Obàlúwàiyé é traduzido por (rei e senhor da terra), Oba (rei) aiyê (terra), Obaluaiyê, Obaluaê, Xapanã, Omolu, são alguns dos nomes como é conhecido esse Orixá africano. Os orixás Nanã (cujo emblema é o Ibiri) e seus filhos Obaluaiyê (cujo emblema é o Xarará) e Oxumaré (cujo emblema é uma cobra) pertencem ao Panteão da Terra.

Obàluáyê "Rei senhor da Terra", Omolu "Filho do Senhor", Sapata "Dono da Terra" são os nomes dados a Sànpònná (um título ligado a grande calor o sol - também é conhecido como (Babá Igbona = pai da quentura) deus da varíola e das doenças contagiosas, é ligado simbolicamente ao mundo dos mortos. Outra corrente os define como: Obàluáyê: Obá - ilu; aiye; Rei, dono, senhor; da vida; na terra; Omolu; Omo-ilu; Rei, dono, senhor; da vida.

Sua dança o Opanijé, dança curvado para frente, como que atormentado por dores, e imitam seu sofrimento, coceiras e tremores de febre.

Tem como emblema o Xaxará (Sàsàrà), espécie de cetro de mão, feito de nervuras da palha do dendezeiro, enfeitado com búzios e contas, em que ele capta das casas e das pessoas as energias negativas, bem como "varre" as doenças, impurezas e males sobrenaturais. Esta representação nos mostra sua ligação a terra. Na Nigéria os Owo Érindínlogun adoram Obàluáyê e usam, no punho esquerdo, uma tira de Igbosu (pano africano) onde são costurados cauris esó (búzios).

ATÔTÔ OMOLU

OXUMARÊ - ÓRIXA DA RIQUEZA


Ele representa também a riqueza e a fortuna, um dos benefícios mais apreciados no mundo dos iorubás. Em alguns pontos se confunde com o Vodun Dan da região dos Mahi.
É o símbolo da continuidade e da permanência, algumas vezes, é representado por uma serpente que morde a própria cauda. Oxumarê é um orixá completamente masculino, porém algumas pessoas acreditam que ele seja macho e fêmea, porém o orixá feminino que se iguala a Oxumarê é Ewá sua irmã gêmea que tem dominios parecidos com o dele.
De múltiplas funções, diz-se que é um servidor de Xangô, que seria encarregado de levar as águas da chuva de volta para as nuvens através do arco-íris.
Certa lenda conta que ele era, outrora, um (Babalawo) adivinho, "filho de proprietário-da-estola-de-cores-brilhantes". Em outra lenda o mesmo tema aparece: "Este mesmo Babalawo Oxumarê vivia explorado por Olofin-Odudúa, o rei de Ifé, seu principal cliente". Oxumarê consultava-lhe a sorte de quatro em quatro dias.
É o segundo filho de Nanã, irmão de Osanyin e Obaluaiyê, que são vinculados ao mistério da morte e do renascimento. Seus filhos usam colares de búzios entrelaçados formando as escamas de uma serpente que tem o nome de Brajá, usam também o Lagdigbá como Nanã e Obaluaiyê.
Seus filhos, assim como conta a lenda de Oxumarê, em sua maioria no início passam por muitas dificuldades, quase miseráveis, porém mais tarde, dando a grande volta em seu caminho, se tornando ricos, poderosos, e muitas vezes orgulhosos. Porém, nunca se negam a ajudar quando alguém realmente precisa deles. E não raro, é ver um filho de Oxumarê se desfazer de algo seu, em favor do necessitado, com a maior facilidade..... Contrapondo seu estado de orgulho e ostentaçao, a exibir sua riqueza.
ARROMBOMBOIA DÃ